Revolta escrava e política da escravidão: Brasil e Cuba, 1791-1825

Autores/as

  • Rafael Marquese Universidade de São Paulo
  • Tâmis Parron Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.3989/revindias.2011.002

Palabras clave:

Resistência escrava, Era das Revoluções, macro-política, Brasil, Cuba, Slave resistance, The Era of Revolutions, Macro-politics, Brazil

Resumen


El artículo examina el impacto político del activismo esclavo, en Brasil y Cuba, de 1790 a 1825, esto es, desde el inicio de la Revolución de Saint-Domingue al otorgamiento de la Constitución del Brasil (1824) y al decreto de facultades omnímodas para los capitanes generales de Cuba (1825), en el contexto inmediato del término de las guerras de independencia en el continente. En lugar de discutir y clasificar en un orden tipológico el carácter específico de las diversas expresiones de resistencia esclava colectiva, el artículo intenta comprender el efecto de esas acciones en la dinámica macropolítica de los dos espacios, verificando en qué medida aquéllas conformaron el cuadro político e institucional de la esclavitud en Brasil y en Cuba. [pt] O artigo examina o impacto político do ativismo escravo, no Brasil e Cuba, de 1790 a 1825, isto é, do início da Revolução de Saint-Domingue à outorga da Constituição do Brasil (1824) e à decretação das faculdades onímodas para os capitães generais de Cuba (1825), no contexto imediato do término das guerras de independência no continente. Ao invés de discutir e classificar em uma ordem tipológica o caráter específico das diversas expressões de resistência escrava coletiva, o artigo procura compreender o efeito dessas ações na dinâmica macro-política desses dois espaços, verificando em que medida elas conformaram o quadro político e institucional da escravidão no Brasil e em Cuba.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

Alonso Romero, María Paz, Cuba en la España liberal (1837-1898), Madrid, Centro de Estudios Políticos y Constitucionales, 2002.

Arango y Parreño, Francisco de, «Discurso sobre la agricultura de la Habana y medios de fomentarla» (1792), Obras, ed. Gloria García Rodríguez, 2 vols., La Habana, Imagen Contemporánea, 2004a.

Arango y Parreño, Francisco de, «Consulta sobre los riesgos que amenazan a Cuba al terminar 1825», Obras, ed. Gloria García Rodríguez, 2 vols., La Habana, Imagen Contemporánea, 2004b.

Assunção, Matthias Röhrig, «Miguel Bruce e os “horrores da anarquia” no Maranhão, 1822-1827», István Jancsó (org.) Independência: História e Historiografia, São Paulo, Hucitec, 2005.

Assunção, Matthias Röhrig, «A resistência escrava nas Américas: algumas considerações comparativas», Douglas Cole Libby & Júnia Ferreira Furtado (org.), Trabalho livre, trabalho escravo. Brasil e Europa, séculos XVIII e XIX, São Paulo, Annablume, 2006.

Ayllon, Cecílio, Reglamento de esclavos, Matanzas, Imprenta del Gobierno de Matanzas, 1825.

Barcia Paz, Manuel, La rebelión de esclavos de 1825 en Guamacaro, Dissertação de mestrado, La Habana, Casa de Altos Estudios Fernando Ortiz-Universidad de La Habana, 2000.

Barcia, Manuel, «A Not-So-Common Wind: Slave Revolts in the Age of Revolutions in Cuba and Brazil», Review. Fernand Braudel Center, XXXI: 2 (2008): 169-193.

Berbel, Márcia, Rafael Marquese & Tâmis Parron, Escravidão e política. Brasil e Cuba, c.1790-1850, São Paulo, Hucitec, 2010.

Blackburn, Robin, The Overthrow of Colonial Slavery, London, Verso, 1988.

Blackburn, Robin, «Haiti, Slavery, and the Age of the Democratic Revolution», William and Mary Quarterly, 3d Series, LXIII (4) (October 2006): 643-674.

Blackburn, Robin, «The Role of Slave Resistance in Slave Emancipation», Seymour Drescher & Pieter Emmer (ed.), Who Abolished Slavery? A Debate with João Pedro Marques, New York, Berghahn Books, 2010.

Blanchard, Peter, «The Wars of Independence, Slave Soldiers, and the Issue of Abolition in Spanish South America», Seymour Drescher & Pieter Emmer (ed.), Who Abolished Slavery? A Debate with João Pedro Marques, New York, Berghahn Books, 2010.

Cabrera, Raimundo, Cuba y sus jueces (Rectificaciones oportunas), Filadelfia, Levytype, 1891. «Carta de Martinho de Mello e Castro [para Bernardo José de Lorena, Governador da Capitania de São Paulo] sobre a expedição para a descoberta de La Perouse, 21 de fevereiro de 1792», Documentos interessantes para a história e costumes de São Paulo, Volume 45, 1924.

Carvalho, Marcus J. M., «Os negros armados pelos brancos e suas independências no Nordeste (1817-1848)», István Jancsó (org.), Independência: História e Historiografia, São Paulo, Hucitec-Fapesp, 2005.

Cayuela Fernández, José G., «Los capitanes generales ante la cuestión de la abolición (1854-1862)», Francisco de Solano y Agustín Guimerá (ed.), Esclavitud y derechos humanos. La lucha por la libertad del negro en el siglo XIX, Madrid, CSIC, 1990.

Childs, Matt D., The 1812 Aponte Rebellion in Cuba and the struggle against Atlantic Slavery, Chapel Hill, The University of North Carolina Press, 2006.

Conrad, Robert, Children of God’s Fire. A Documentary History of Black Slavery in Brazil, University Park, PA, Pennsylvania State University Press, 1994.

Constituição Política do Império do Brasil (1824), Jorge Miranda, O constitucionalismo liberal luso-brasileiro, Lisboa, CNPCDP, 2001.

Costa, Emília Viotti da, Coroas de Glória, Lágrimas de Sangue. A rebelião dos escravos de Demerara em 1823 (trad. port) São Paulo, Companhia das Letras, 1998.

Craton, Michael, Testing the Chains. Resistance to Slavery in the British West Indies, Ithaca, Cornell University Press, 1982.

Diário da Assembléia Geral Constituinte e Legislativa do Império do Brasil, 1823, Brasília, Centro Gráfico do Senado Federal, 1973, 3 vols.

Diário das Cortes Gerais e Extraordinárias da Nação Portuguesa, 1821 e 1822, Disponível em http://debates.parlamento.pt

Dias, Maria Odila Leite da Silva, A interiorização da metrópole e outros estudos, São Paulo, Alameda, 2005. «Documentos de que hasta ahora se compone el expediente que principiaron las Cortes extraordinarias sobre el tráfico y esclavitud de los negros» (1.ª ed, 1814), Francisco de Arango y Parreño, Obras, ed. Gloria García Rodríguez, 2 vols., La Habana, Imagen Contemporánea, 2004.

Du Bois, W. E. B. Black Reconstruction in America, 1860-1880 (1.ª ed. 1935), New York, Atheneum, 1992.

Ferrer, Ada, «Cuba en la sombra de Haití: noticias, sociedad y esclavitud», M. Dolores González-Ripoll, C. Naranjo, A. Ferrer, G. García y J. Opatrny´, El rumor de Haití en Cuba: temor, raza y rebeldía, 1789-1844, Madrid, CSIC, 2004.

Ferrer, Ada, «Cuban Slavery and Atlantic Antislavery», Review. Fernand Braudel Center, XXXI (3) (2008): 267-295.

Ferrer, Ada, «Speaking of Haiti: Slavery, Revolution, and Freedom in Cuba Slave Testimony», David P. Geggus; N. Fiering (eds.), The World of the Haitian Revolution, Bloominton, Indiana University Press, 2009.

Fradera, Josep M., Gobernar colonias, Barcelona, Península, 1999.

García, Gloria, «Vertebrando la resistencia: la lucha de los negros contra el sistema esclavista, 1790-1845», M. Dolores González-Ripoll, Consuelo Naranjo, Ada Ferrer, Gloria García y Josef Opatrny, El rumor de Haití en Cuba: temor, raza y rebeldía, 1789-1844, CSIC, 2004.

Geary, Dick, «Europa e o protesto escravo nas Américas, circa 1780-1850», Douglas Cole Libby & Júnia Ferreira Furtado (org.), Trabalho livre, trabalho escravo. Brasil e Europa, séculos XVIII e XIX, São Paulo, Annablume, 2006.

Geggus, David P. (ed.), The Impact of the Haitian Revolution in the Atlantic World, Columbia, University of South Carolina Press, 2001.

Geggus, David P. & Norman Fiering (eds.), The World of the Haitian Revolution, Bloomington, Indiana University Press, 2009.

Genovese, Eugene, Da Rebelião à Revolução. As revoltas de escravos negros nas Américas, (1.ª ed. 1979; trad. port.), São Paulo, Global, 1983.

Guerra y Sanchéz, Ramiro, Manual de Historia de Cuba (1.ª ed. 1938), La Habana, Ciencias Sociales, 1971.

Helg, Aline, «A Fragmented Majority: Free “Off All Colors”, Indians, and Slaves in Caribbean Colombia During the Haitian Revolution», David P. Geggus (ed.), The Impact of the Haitian Revolution in the Atlantic World, Columbia, University of South Carolina Press, 2001.

James, C. L. R., Os jacobinos negros. Tousssaint L’Ouverture e a revolução de São Domingos (1.ª ed. 1938; trad. port.), São Paulo, Boitempo, 2000.

Jancsó, István, Na Bahia, contra o império. História do ensaio de sedição de 1798, São Paulo, Hucitec-EDUFBA, 1996.

Jancsó, István, «Bahia 1798. A hipótese de auxílio francês ou a cor dos gatos», Júnia Ferreira Furtado (org.), Diálogos Oceânicos. Minas Gerais e as novas abordagens para uma história do Império Ultramarino Português, Belo Horizonte, UFMG, 2001.

Koselleck, Reinhart, Futuro Passado. Contribuição à semântica dos tempos históricos (1.ª ed. 1979; trad. port.), Rio de Janeiro, Contraponto-Ed. PUC-RJ, 2006.

Landers, Jane G. Atlantic Creoles in the Age of Revolutions, Cambridge, MA, Harvard University Press, 2010.

Lara, Silvia Hunold, Campos da Violência. Escravos e Senhores na Capitania do Rio de Janeiro, 1750-1808, Rio de Janeiro, Paz & Terra, 1988.

Lasso, Marixa, «A Republican Myth of Racial Harmony: Race and Patriotism in Colombia, 1810-1812», Historical Reflections / Reflexions Historiques, 29/1 (Spring 2003): 43-63.

Marques, João Pedro, «Slave Revolts and the Abolition of Slavery: an Overinterpretation», Seymour Drescher & Pieter Emmer (ed.), Who Abolished Slavery? A Debate with João Pedro Marques, New York, Berghahn Books, 2010.

Marquese, Rafael de Bivar, «Moradia escrava na era do tráfico ilegal: senzalas rurais no Brasil e em Cuba, c.1830-1860», Anais do Museu Paulista. História e Cultura Material, USP, Nova Série, 13/2 (Jul.-Dez. 2005): 165-188.

Mason, Matthew, Slavery and Politics in the Early American Republic, Chapel Hill, The University of North Carolina Press, 2006.

Matthews, Gelien, Caribbean Slave Revolts and the British Abolitionist Movement, Baton Rouge, Louisiana State University Press, 2006.

Maxwell, Kenneth, «A geração de 1790 e a idéia do império luso-brasileiro» (1.ª ed. 1973), Chocolates, Piratas e Outros Malandros. Ensaios Tropicais (trad. port), São Paulo, Paz & Terra, 1999.

Maxwell, Kenneth, «The impact of the American Revolution on Spain and Portugal and their empires», Jack P. Greene & J. R. Pole (ed.), A Companion to the American Revolution, Malden, Mass., Blackwell Publ., 2004.

Mello, Evaldo Cabral de, A outra Independência. O federalismo pernambucano de 1817 a 1824, São Paulo, Editora 34, 2004.

Mota, Carlos Guilherme, Nordeste 1817. Estruturas e argumentos, São Paulo, Perspectiva, 1972.

Murray, David, Odious Commerce. Britain, Spain and the Abolition of the Cuban Slave Trade, Cambridge, Cambridge University Press, 1980.

Neves, Lúcia Maria Bastos Pereira das, «Por detrás dos panos: atitudes antiescravistas e a Independência do Brasil», Maria Beatriz Nizza da Silva (org.), Brasil. Colonização e Escravidão, Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2000.

Oakes, James, «The Political Significance of Slave Resistance», History Workshop, Special American Issue, 22 (Autumn 1986): 89-107.

Pimenta, João Paulo Garrido, O Brasil e a América espanhola (1808-1822), Tese de Doutorado, São Paulo, FFLCH/USP, 2004.

Pinto da França, Antonio d’Oliveira (org.), Cartas Baianas, 1821-1824, São Paulo, Companhia Editora Nacional, 1980.

Piqueras, José Antonio, «Leales en época de insurrección. La élite criolla cubana entre 1810 y 1814», Izaskun Álvarez Cuartero & Julio Sánchez Gómez (org.), Visiones y revisiones de la independencia americana, Salamanca, Universidad de Salamanca, 2003.

Piqueras, José Antonio, «El mundo reducido a una isla. La unión cubana a la metrópoli en tiempos de tribulaciones», José A. Piqueras (ed.), Las Antillas en la era de las Luces y la Revolución, Madrid, Siglo XXI, 2005. «Proclamação, a bordo da fragata Pérola, pelo comandante José Maria Monteiro, dirigida aos habitantes de Pernambuco», 1817, Coleção Alberto Lamego, Instituto de Estudos Brasileiros-Universidade de São Paulo, Cód. 49.3.

Reis, João José, «O jogo duro do Dois de Julho: o “Partido Negro” na Independência da Bahia», J. J. Reis & E. Silva, Negociação e conflito. A resistência negra no Brasil escravista, São Paulo, Companhia das Letras, 1989.

Reis, João José, Rebelião escrava no Brasil. A história do levante dos Malês em 1835 (Edição revista e ampliada), São Paulo, Companhia das Letras, 2003.

Reis, João José & Flávio dos Santos Gomes, «Repercussions of the Haitian Revolution in Brazil, 1791-1850», David P. Geggus & N. Fiering (eds.), The World of the Haitian Revolution, Bloomington, Indiana University Press, 2009. «[Representação] do Corpo do Comércio [da] (...) praça da Bahia» (1814), Carlos B. Ott. Formação e evolução étnica da cidade do Salvador, 2 vols., Salvador, Manú Editora, 1957.

Roldán de Montaud, Inés, «En los borrosos confines de la libertad: el caso de los negros emancipados en Cuba, 1817-1870», Revista de Indias, LXXI/251 (Madrid, 2011): 159-192.

Schultz, Kirsten, Versalhes Tropical. Império, monarquia e a corte real portuguesa no Rio de Janeiro, 1808-1821 (trad. port.), Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2008.

Schwartz, Stuart B., Segredos Internos, Engenhos e escravos na sociedade colonial, 1550-1835 (trad. port.), São Paulo, Companhia das Letras, 1988.

Schwartz, Stuart B., «Cantos e quilombos numa conspiração de escravos haussás - Bahia, 1814», João José Reis & Flávio dos Santos Gomes (org.), Liberdade por um fio. História dos quilombos no Brasil, São Paulo, Companhia das Letras, 1996.

Silva, Ana Rosa Cloclet da, «Identidades políticas e a emergência do novo Estado nacional: o caso mineiro», István Jancsó (org.), Independência: História e Historiografia, São Paulo, Hucitec-Fapesp, 2005.

Silva, Luiz Geraldo, «“Sementes da sedição”: etnia, revolta escrava e controle social na América portuguesa (1808-1817)», Afro-Ásia, 25-26 (Bahia, 2001): 9-60.

Silva, Luiz Geraldo, «Negros patriotas. Raça e identidade social na formação do Estado nação (Pernambuco, 1770-1830)», István Jancsó (org.), Brasil: Formação do Estado e da Nação, São Paulo, Hucitec-Fapesp-E.Unijuí, 2003.

Silva, Luiz Geraldo, «Aspirações barrocas e radicalismo ilustrado. Raça e nação em Pernambuco no tempo da Independência (1817-1823)», István Jancsó (org.), Independência: História e Historiografia, São Paulo, Hucitec-Fapesp, 2005.

Silva, Maria Beatriz Nizza da, A primeira gazeta da Bahia: Idade d’Ouro do Brasil, São Paulo, Cultrix/MEC, 1978.

Tilly, Charles, «Contentious Repertoires in Great Britain, 1758-1834», Social Science History, 17 (2) (Amherst, 1993): 253-280.

Torres-Cuevas, Eduardo, «De la Ilustración reformista al reformismo liberal», Instituto de Historia de Cuba, Historia de Cuba. La Colonia. Evolución socioeconómico y formación nacional, La Habana, Editora Política, 1994.

Thibaud, Clément, «La ley y la sangre. La “guerra de razas” y la constitución en la América Bolivariana», Almanack, 1 (novembro 2010): 5-23.

Trouillot, Michel-Rolph, Silencing the Past. Power and the Production of History, Boston, Beacon Press, 1995.

Vallim, Patrícia, Da Sedição dos Mulatos à Conjuração Baiana de 1798: a construção de uma memória histórica, Dissertação de Mestrado em História Social, São Paulo, FFLCH/USP, 2007.

Venegas Delgado, Hernán, «El fantasma de la Revolución Haitiana y la independencia de Cuba», Projeto História, 31 (São Paulo, dez. 2005): 25-54.

Youssef, Alain el, Imprensa, política e escravidão: Rio de Janeiro, 1822-1850, Dissertação de Mestrado em História Social, São Paulo, FFLCH/USP, 2010.

Descargas

Publicado

2011-04-30

Cómo citar

Marquese, R., & Parron, T. (2011). Revolta escrava e política da escravidão: Brasil e Cuba, 1791-1825. Revista De Indias, 71(251), 19–52. https://doi.org/10.3989/revindias.2011.002

Número

Sección

Dossier

Artículos más leídos del mismo autor/a